segunda-feira, 22 de maio de 2017

E no sábado, a Serra do Gerês estava linda...

E no sábado, a serra estava linda... aliás, como sempre. Mas há dias em que nos arrebata mais a alma... talvez, também, por estarmos mais sensíveis...
Pintada maioritariamente pelo tojo e pela urze, as cores sobressaíam nas encostas e era inevitável uma contemplação mais demorada. 
Subindo pela Laje dos Infernos, tínhamos como destino a Lamalonga. A subida inicial tirava-nos o fôlego, mas não pelo cansaço... a vista que nos proporcionava à medida que subíamos, era de cortar a respiração.
Estas emoções, sentimentos, que invadem um verdadeiro Espírito da Montanha quando se encontra no habitat ao qual pertence verdadeiramente, faz-nos relegar para último plano qualquer perturbação que nos possa afectar. Ali não existem problemas, não existe maldade, não existe mal-estar. Tudo se torna tão insignificante perante a Mãe Natureza.
Não existem curas, remédios, terapias melhores do que esta que a montanha nos proporciona. Não há melhor amigo. Basta, para isso, estarmos receptivos a toda a sua grandiosidade, e receber e absorver tudo o que ela tem para nos dizer, para nos dar. A tranquilidade, a paz, a calmaria que nos invade, relembra-nos a insignificância de qualquer ser humano ou de tudo que ele nos possa fazer sentir, de bom, ou de mau...
A montanha, tal como eu a sinto, não tem adversário à altura, e nunca terá... nada a substitui, muito menos a supera. 
Não existe teoria, muito menos religião alguma que possa dar uma resposta melhor à grande questão: "Qual é o sentido da vida?"... O sentido está aí e é muito simples de entender quando nos sentimos realmente vivos...
Obrigada, Montanha... por me teres imbuído deste Espírito...
















































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